Enchente.

Chove.
Chove lá fora e chove aqui dentro.
Chove pra espantar o calor e chove pra apagar a alegria.
Chove pra matar a sede e chove pra matar as esperanças.
Chove porque tem que chover e chove pra me deixar confuso.
Chove pra encher os rios e chove pra encher meus olhos.
Chove pra sobrevivência e chove pro desejo de partir.
Chove lá fora e chove aqui dentro. Dentro de mim.

Mas eu sei que depois da chuva sempre vem o sol.

3 comentários:

Marcelo R. Rezende 29 de janeiro de 2012 às 15:28  

Sempre mesmo. Porque nada é infinito. E sé, é variante.

SIMONE PRADO 9 de março de 2012 às 06:18  

Já senti essa dor duas vezes, uma quando meu cachorro foi atropelado, ao enterrá-lo parecia que eu enterrava uma pessoa. Outra quando tive que doar meu cachorro que morria de ciúme de mim e ficava feroz com meus filhos e por problemas de causar alergia na saúde de minha filha tive que doá-lo. Claro que escolhi uma família abençoada para recebê-lo mas sei que não justifica minha opção. Nunca mais o esquecemos, nunca deixamos de amá-los...mas passa assim como tudo passa nessa vida.

Unknown 21 de junho de 2012 às 09:56  

"Depois da tempestade sempre vem o arco-íris". É bem assim mesmo Gustavo. Encontrei seu blog no momento certo, me identifiquei com seus textos, são lindos.

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“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”