Metamorfose.

Cansei. Cansei do real, do palpável, do prático. Cansei dessa culpa maçante, dessa corda pendurada eternamente no céu, apenas esperando candidatos. Cansei do bonito, da ilusão de beleza. Cansei das mesmas notícias na tevê, no jornal, no radio, das mesmas desgraças repetidas, do mesmo desastre que já cotidiano se torna. Cansei da comoção falsa, da locomoção falsa, do falso novo. Cansei do que os olhos são capazes de enxergar.

Eu quero é algo diferente, hodierno, algo além dos nossos conhecimentos. Quero um sexto sentido, um sétimo, um oitavo. Quero que se invertam os papéis, que se invertam os valores. Quero que os sonhos virem realidade e que nossa realidade vire sonho, sonho distante. Quero novos ares, novos hábitos, novos hálitos, novas ideias, proporções, novos pensamentos. Quero tudo novo, tudo distinto. Quem sabe assim vire diferente o que temos agora, e então desejarei o agora novamente. 

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“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”