Pessoal.

Tem uma gaiola em meus olhos. Uma gaiola feita de medo que me impede de enxergar, me impede de ver o óbvio. E assim eu me mantenho parado, sem dar um passo pra frente ou pra trás por medo de cair em algum buraco. E se eu caísse em algum buraco, o que aconteceria?
Tem uma gaiola em meu peito. Uma gaiola feita de memórias, uma gaiola cortante que me rasga todo dia, que impede meu coração de bater como antes batia. E assim eu me mantenho ferido. E se machucados não cicatrizassem, o que aconteceria?
Eu caminhava pela estrada torta, me apoiando nas árvores que encontrava aos cantos. Eu tocava minhas melodias melancólicas pra alguém que não existe, pra alguém que eu inventei. Eu me preocupava com cada gota que chovia dos teus olhos, mas quem és tu?
Deixa, deixa que eu descubro. Deixa sangrar por essas palavras. Deixa sangrar até o fim que a verdade vem, sempre vem.

Tudo vai voltar.

2 comentários:

Sandro Ataliba 22 de dezembro de 2011 às 03:04  

Texto forte, melancólico, carregado de sentimentos. Muito bonito em toda sua agonia.
As perguntas importam mais do que as respostas.

Gustavo . 23 de dezembro de 2011 às 17:00  

Obrigado Sandro!
Acho que na própria vida o que mais importa são as perguntas, e não as respostas. (:
Abraços!

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“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”